quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lições de nossas meninas 1



Nossa turma de 84 foi particularmente feliz por ter quebrado o recorde de participação feminina, alcançando espantosos 18% de ingressantes. Mais que pela simples quantidade, foi por suas qualidades que nos destacamos em vários campos: tetra-campeões nos jogos inter-anos; uma comissão de formatura brilhante, um Doutor Show inesquecível....


No feriado friorento da Semana Santa de 81 a AAALQ compareceu às Agronomíades Regionais de São Paulo / Paraná em Curitiba.Uma animada delegação partiu batucando no ônibus, continuou batucando por onde passava e a cada jogo, ganhasse ou não, comemorava o fato de representar a ESALQ.


Nas derrotas a torcida regressava ao alojamento como um cortejo fúnebre, tambores cadenciados, cantando:

“A ESALQ se fu__, se ferrou, tomou no c_.”

Isso desarmava qualquer gozação, empanava o brilho da vitória dos demais.


Porém, com as meninas na quadra, a ala masculina, torcia cantando de modo chulo:


“É pinga,

Cerveja

É chope no barril

As nossas b_____

São as melhor do Brasil”


Numa tarde de semi-finais, com o time de basquete dos agricolões pelejando, a ala masculina rouca e cansada deixou de lado os tambores. Subitamente as meninas tomaram para si o instrumental e iniciaram, vozerio agudo e firme, sua versão da cantoria:


“É pinga !

Cerveja ! ....


Segundos de suspense no ar – como adjetivariam a ala masculina ?

Na mesma escala de baixaria ?


Não.

Elas tinham classe:


...É chope no barril

Os nossos menininhos

São os melhor do Brasil ...”


Daquele momento em diante lá em Curitiba, lição aprendida - a Tobalq passou a cantar:


“É pinga,

Cerveja

É chope no barril

As nossas menininhas

São as melhor do Brasil”



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