A Flor enviou e-mail relatando ter encontrado o Mocorongo
(foi nosso "doutor", trancou matrícula em 83 quando foi morar na Califórnia, concluindo os estudos a duras penas, lutando com cálculo, físico-química e correlatos)O danado gravou até um CD e a Flor pergunta se alguém se lembra da música para a Maria Emília - lá vai:
“Paixão Química”Samba de breque de Mocorongo (1980 – 1984)
República Tipo Zero
(recuperado por Suspiro – colega de quarto e fã incondicional)
Começo de ano
A mestra se apresentou
Com o sermão de sempre
Mas tinha um jeito que não sei .....
Me apaixonei.
Fui levando o curso
Aquela boca, aqueles olhos
Aquelas pernas boas
Aquela fresta lá na mesa....
Ai que beleza.
Um dia na aula
Dei-lhe uma cutucada
Ela se tocou
Disse que eu era anormal....
Chamada oral.
H2SO4
Permanganato na cuca da gente
Essa mulher, veneno de serpente
Oxidando o meu coração.
Eu tive medo
Ela falou de um tal de cianeto
Ela me disse pra eu fazer segredo
Que um dia a gente ia se encontrar....
Lá no céu.
Eu boiei
Densidade inespecífica
Numa fórmula magnífica
Que se chama paixão.
SEGUNDA PARTE
Já tinha sarado
A bebida tinha me ajudado
Eu podia dizer que era um homem feliz.....
Cresce o nariz.
Começo de ano
Olha a surpresa que Deus fez
Minha mestra de química
Maria Emília outra vez...
Que insensatez
Meu pH tá alto
Hemoglobina ta virando um caldo
A queratina ta virando asfalto
Acho que vou me liquefazer
Eu chorei
Uma lágrima colorida
Que um aparelho me indica...
É veneno mortal !
Da veia poética do Mocorongo também tínhamos:
Simplesmente viver e somente viver
não há quem leve esta vida
E você vem querer vem querer me dizer
que está de bem com a vida...
Tente entender
que amar eternamente
é ter, na mente
ternamente
amor.
Amar eternamente
é ter
éter na mente
eternamente
amor...